Vacina contra Chikungunya poderá ser incorporada ao SUS
O pedido para que a medida seja adotada foi feito pelo Ministério da Saúde.
| JD1 NOTíCIAS/SARAH CHAVES, COM MS
A vacina contra Chikungunya já teve seu registro aprovado pela Anvisa e agora o Ministério da Saúde solicitará à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) sua incorporação ao SUS.
O Conitec será responsável por avaliar para adoção das medidas imediatas necessárias para dar seguimento da oferta do novo imunizante na rede pública de saúde. A vacina contra Chikungunya foi desenvolvida pelo laboratório Valneva, em parceria no Brasil com o Instituto Butantan.
O imunizante é uma vacina recombinante atenuada, de dose única, indicada para pessoas a partir de 18 anos que estejam em risco elevado de exposição ao vírus. É contraindicada para gestantes e indivíduos imunocomprometidos. Estudos demonstraram que a vacina induz uma resposta de anticorpos neutralizantes com segurança.
A expectativa é que, uma vez aprovada, e com capacidade produtiva, a vacina seja incorporada ao calendário nacional de vacinação. “Toda vez que surge a notícia de uma nova vacina registrada, é uma boa notícia para a saúde pública — ainda mais quando envolve duas instituições fundamentais do SUS: a Anvisa e o Instituto Butantan. Vacinar é sempre defender a vida. Garantir a vacinação é o primeiro passo para salvar vidas em nosso país”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
'Chikungunya é uma doença que vem crescendo no Brasil, ao longo dos anos. O fato de se ter uma vacina que é segura e eficaz, traz alento para a sociedade. A partir do registro pela Anvisa, o Ministério da Saúde começa os passos para a incorporação da vacina no SUS”, destaca a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.
A vacina da Valneva já havia sido aprovada por importantes agências regulatórias internacionais, como a FDA (Estados Unidos) e a EMA (Agência Europeia de Medicamentos), para uso em adultos.
A produção inicial será feita na Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH, com previsão de transferência de tecnologia para fabricação futura no Brasil pelo Instituto Butantan.