Novo chefe do Futebol em MS vai administrar orçamento de R$ 1,5 milhão

Por mês, a federação recebe R$ 120 mil da CBF; eleição para vaga de presidente será na sexta-feira (1º).

| GABRIEL DE MATOS / CAMPO GRANDE NEWS


Documentos do balanço financeiro da Federação de Futebol na sala de reuniões da organização (Foto: Paulo Francis)

A eleição para a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) será na sexta-feira (1º). Em disputa, estará o cargo do ex-presidente Francisco Cezário de Oliveira, destituído no último dia 14 de outubro, em assembleia extraordinária. O novo presidente terá um orçamento de R$ 1,4 milhão ao ano somente de repasses da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

A eleição para a presidência da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) está marcada para sexta-feira (1), com o ex-presidente Francisco Cezário de Oliveira disputando o cargo. O novo presidente terá um orçamento anual de R$ 1,4 milhão, proveniente de repasses da CBF, e assumirá o cargo em 25 de novembro. A FFMS recebe mensalmente R$ 120 mil da CBF, além de taxas cobradas de clubes profissionais e amadores, e possui um superávit de R$ 108.135,93 nos últimos meses. No entanto, a Federação fechou o ano de 2023 com um déficit de R$ 218.506,94 e 2022 com R$ 494.182,71. O novo presidente também herdará a construção do Centro de Desenvolvimento de Futebol, uma obra em andamento com recursos da FIFA, que prevê a criação de um centro de treinamento e competições.

O valor foi repassado pelo atual presidente da organização, Estevão Petrallás. Ele está no cargo desde 27 de maio, quando foi nomeado pela CBF como interventor. Depois de três meses, ele teve o período renovado, que termina no dia 23 de novembro. O novo presidente eleito no dia 1º assumirá a partir de 25 de novembro.

Mensalmente, a Federação de Futebol recebe R$ 120 mil da CBF, que é o chamado PAF (Programa de Assistência às Federações). Estevão explicou que esse recurso é investido na manutenção da sede na Rua 14 de Julho e despesas com funcionários.

Além da receita de R$ 120 mil da CBF, a federação tem recursos advindos das taxas cobrados aos clubes profissionais, amadores e registro de atletas. Por ano, de cada associação profissional, o valor está fixado em R$ 3 mil. Para associações amadoras, o valor é de R$ 2 mil. As ligas amadoras devem pagar anualmente um salário mínimo (atualmente em R$ 1.412,00).

Para se filiar à Federação de Futebol, os valores são mais altos. Um novo clube profissional hoje tem de pagar 50 salários mínimos (R$ 70.600,00). Uma associação amadora deve pagar metade desse valor, R$ 35.300,00. Uma mudança de um clube associação para uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) custa R$ 120 mil.

Na primeira prestação de conta da gestão Estevão Petrallás, divulgada nessa segunda-feira (28), a federação teve um superavit de R$ 108.135,93 nos últimos entre junho, julho e agosto.

A receita nesse período foi de R$ 501.975,00 e as despesas de operação somaram R$ 392.961,95. Somente no mês de junho na gestão de Estevão é que a federação teve saldo negativo ao final do mês, confira no infográfico.

A situação é muito diferente do valor do balanço financeiro da Federação de Futebol, disponível no site da organização. Em 2023, a organização fechou o ano com deficit de R$ 218.506,94. A situação era ainda pior em 2022, quando fechou o ano devendo R$ 494.182,71.

'Os funcionários estão hoje trabalhando de forma digna, registrados, com as certidões todas em nome da federação, com alvará de funcionamento'. De patrimônio, a organização tem dois veículos a disposição, um Fiat Cronos e um Chevrolet Ônix. Além de materiais esportivos, dos móveis da nova sede, tem também uma máquina de cortar grama.

Outra herança para o novo dirigente a ser eleito é o Centro de Desenvolvimento de Futebol, que está sendo construído na Avenida Tamandaré, após a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). O planejamento da obra, idealizada em 2015 com recursos da Fifa, prevê a implantação de um centro de treinamento e competições, com um campo de grama natural e medidas oficiais (105m x 68m), vestiários, arquibancadas, além de amplo estacionamento para veículos e ônibus.

Estevão afirmou que a obra não é administrada pela FFMS e sim pela CBF. 'Pelo que sei, está uns 80% concluído, depois que ficar pronta, a CBF vai passar a administração para federação'.


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