Homem desaparece em rio ao salvar criança em Fátima do Sul

Acidentes aconteceram nas cidades de Fátima do Sul, Nova Andradina e Rochedo.

| ANTONIO BISPO / CAMPO GRANDE NEWS


Militares durante buscas na manhã desta segunda-feira no Rio Dourados (Foto: Reprodução/Fátima News)

Mais um caso envolvendo afogamento foi registrado nos rios de Mato Grosso do Sul neste final de semana. Desta vez, homem que não teve a identificação divulgada desapareceu no Rio Dourados, em Fátima do Sul, distante 239 quilômetros de Campo Grande, após salvar criança que se afogava no local na tarde desse domingo (24).

No último fim de semana, Mato Grosso do Sul registrou três casos de afogamento, incluindo um homem que desapareceu ao tentar salvar uma criança no Rio Dourados e dois outros, um idoso encontrado morto em uma lagoa e um jovem que se afogou no Rio Aquidauana. Em novembro, quase 10 mortes por afogamento foram contabilizadas no estado. O Corpo de Bombeiros recomenda que, em situações de afogamento, a calma é essencial e que a ajuda deve ser acionada imediatamente. Alternativas como lançar objetos flutuantes, em vez de entrar na água, são sugeridas para evitar que mais pessoas se tornem vítimas.

Conforme informações do Fátima News, a vítima agiu rapidamente para evitar que a criança afundasse na água, mas durante o resgate, acabou se afogando e sumiu no rio.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas devido à profundidade do local, bem como a visibilidade reduzida, por conta da água ser turva, ele não foi localizado. Os trabalhos foram retomados na manhã desta segunda-feira (25).

3° caso – No sábado, empresário identificado como Walter Diogo Ferreira, de 70 anos, foi encontrado morto em uma lagoa na zona rural de Nova Andradina. Conforme boletim de ocorrência, familiares notaram o sumiço do idoso e, quando saíram para procurá-lo, notaram que havia marcas no barranco às margens da água.

Um homem entrou no local e encontrou a vítima submersa no lago, já sem vida. A Polícia Civil e a Perícia foram acionadas para investigar as causas do acidente.

Já no domingo, o jovem Maikon Felipe Torqueti Lopes, de 24 anos, morreu ao se afogar no Rio Aquidauana, em Rochedo. Ele era morador de Campo Grande e estava no local junto de amigos, que tentaram salvá-lo, mas por conta da correnteza, o rapaz acabou desaparecendo. O corpo foi localizado um quilômetro à frente de onde sumiu.

Somente em novembro, já são quase 10 casos de morte por afogamento em rios e lagos de Mato Grosso do Sul. Por conta disso, o Campo Grande News procurou o Corpo de Bombeiros para entender o porquê de tantos registros.

O tenente Paulo explica que tanto quem presencia uma pessoa se afogando, quanto a vítima de afogamento, precisam manter a calma. Apesar da principal orientação dada pelo agente de salvamento ser acionar o Corpo de Bombeiros de imediato, pelo 193, o militar diz que há formas de ajudar até a chegada do socorro.

“Pode-se tentar retirar aquela pessoa que está se afogando, sem a necessidade de entrar na água. Tentar lançar uma boia, uma prancha, algum objeto que venha permitir que aquela vítima venha a flutuar e manter ele na superfície da água até que seja feita a devida retirada', orienta.

Entrar na água para socorrer a vítima deve ser realizado apenas em último caso, se no local não há salva-vidas ou equipamentos necessários para que a pessoa consiga boiar. Nesse caso o tenente explica que o contato direto deve ser evitado.

“É preciso evitar o contato direto, de frente com a vítima, quando for fazer a retirada da água. A abordagem deve ser sempre feita por trás, pelas costas, para evitar que a pessoa venha afogar também que está fazendo o socorro. Mas lembrando sempre, se não tiver condições e não souber nadar, não se deve entrar na água para não se tornar outra vítima'.

Paulo ainda explica que no caso do afogamento ocorrer em rios, as orientações são as mesmas. Porém, o tenente explica que até garrafas e placas de isopores podem ser usadas para auxiliar no salvamento, quando não há boias e pranchas flutuadoras.

“Se juntar várias garrafas pets vazias, elas serviriam como um meio de flutuação. Você deve amarrar cordas para que você consiga lançar esse objeto flutuador para a vítima e conseguir puxar essa pessoa para fora', explica.


Curta a página RADAR DO MS e seja o primeiro a saber de todas as notícias do Mato Grosso do Sul.


PUBLICIDADE
PUBLICIDADE