Mulher morre em capotamento em Rio Brilhante e família desconfia do caso

Familiares de Ana Paula Santos Pimenta não estão convencidos por versão apresentada pelo marido da vítima; primo comentou sobre histórico de agressões cometidas pelo companheiro.

| JD1 NOTíCIAS/PEDRO MOLINA


Ana Paula Santos Pimenta, de 40 anos, morreu no início da madrugada desta quinta-feira (28), em Rio Brilhante, após o veículo em que estava com o marido e o filho, de apenas dois anos, capotar, próximo a MS-470, em Rio Brilhante.

Segundo informações do portal de notícias Rio Brilhante em Tempo Real, o Corpo de Bombeiros foi acionado por volta de 00h10 para atender o acidente, e ao chegarem no local, se deparam com o carro, um Chevrolet Corsa de cor prata, capotado e três pessoas feridas.

Além de Ana Paula, também estavam no veículo o companheiro da mulher, que foi identificado como Marcolino Benites, de 35 anos, e o filho do casal, de dois anos de idade. Ana Paula e o bebê foram ejetados do veículo durante o acidente, mas a criança sobreviveu e foi internada, enquanto Marcolino feriu apenas o cotovelo.

Conforme o boletim de ocorrência, Marcolino estava dirigindo o veículo e não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH), além do veículo estar com o licenciamento vencido. Questionado por policiais no hospital, ele contou que sentiu a direção 'puxar' fazendo ele perder o controle e capotar.

Os familiares de Ana Paula, no entanto, questionam essa versão dos acontecimentos.

O primo da vítima, Renato Pereira dos Santos, contou que Ana Paula morava em Porto Seguro, na Bahia, e que conheceu Marcolino por meio das redes sociais há cerca de dois anos e meio atrás, quando ela ainda morava no Rio de Janeiro.

Foi após se aproximarem que Ana Paula veio morar em Mato Grosso do Sul, com ela ficando grávida pouco tempo depois.

Apesar dela ter se deslocado para MS e até mesmo ter tido um filho com Marcolino, o relacionamento era conturbado, com Renato relatando que a mulher constantemente reclamava da situação ao lado do companheiro, relatando agressões constantes.

'Sempre que ela falava com a gente aqui ela reclamava que era maltratada e agredida por ele e queria vir embora pra cá, porém ele não deixava', contou o primo da vítima.

Logo após ficarem sabendo do acidente, a família de Ana Paula conseguiu entrar em contato com Marcolino, que ao contar sobre o ocorrido, levantou suspeitas entre os familiares da mulher. 'Ele falou que estavam brigando dentro do carro pouco antes do acidente e ele perdeu o controle. Estamos achando muito estranho tudo isso. Ele só machucou o cotovelo, a criança graças a Deus sobreviveu, mas minha prima não resistiu. Uma hora ele diz uma coisa depois outra', relatou.

Outro ponto de conflito da família de Ana Paula com Marcolino está na decisão tomada por ele, de exigir a liberação do corpo do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) e realizar o sepultamento em Rio Brilhante, sem um velório.

'Não vamos aceitar isso, ela tem alguém que a ama aqui, queremos trazer o corpo dela para cá. Estamos falando com o pessoal da funerária em Rio Brilhante para não deixar enterrar ela aí. Isso também está nos causando estranheza', comentou.

'Queremos saber o que realmente aconteceu com ela. Confiamos no trabalho da Polícia que certamente vai descobrir se alguma coisa errada aconteceu nesse caso. A morte dela dessa forma para nós, não está convencendo', completou.


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