O dólar comercial fechou esta sexta-feira (29) cotado a R$ 6,001, com alta de 0,19%, marcando o terceiro dia consecutivo de recorde nominal desde o lançamento do Plano Real.

A moeda norte-americana acumulou valorização de 3,21% na semana e de 3,8% em novembro, totalizando um avanço de 23,66% no ano. No pregão de hoje, a cotação chegou à máxima de R$ 6,1156 durante a manhã, mas desacelerou ao longo do dia após declarações de autoridades políticas e econômicas.

A alta reflete, em parte, o impacto do pacote fiscal anunciado pelo governo na quinta-feira (28), que inclui cortes de gastos e aumento do limite de isenção do Imposto de Renda. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), sinalizou que a proposta de isenção só avançará caso a sustentabilidade fiscal seja garantida, o que contribuiu para acalmar o mercado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também afirmou que o governo está disposto a rever o pacote, se necessário.

Enquanto isso, no mercado de ações, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou o dia com alta de 0,85%, aos 125.668 pontos. O movimento de recuperação ocorreu após uma manhã de queda, quando o índice chegou a recuar 0,53%. Apesar do avanço diário, o Ibovespa acumulou queda de 2,46% na semana, seu pior desempenho semanal desde setembro, e de 2,9% no mês de novembro.

O cenário de instabilidade é marcado pela combinação de fatores domésticos e externos, incluindo incertezas fiscais, reações ao pacote econômico e oscilações nos mercados globais. O Banco Central não realizou intervenções no câmbio nesta sexta-feira.

Além do dólar, o euro comercial também registrou alta, encerrando o dia a R$ 6,348, com avanço de 0,41%.