MS tem 10 pacientes confirmados com coqueluche

Primeira ocorrência de doença altamente contagiosa foi em Coxim, em agosto deste ano.

| LUCIA MOREL / CAMPO GRANDE NEWS


Criança recebendo vacina em Campo Grande. (Foto: Prefeitura)

Com dez casos confirmados de coqueluche em Mato Grosso do Sul neste ano - cinco a mais que em 2023 - a Coordenação de Emergências em Saúde Pública da SES (Secretaria de Estado de Saúde) emitiu alerta pelo “cenário epidemiológico' da doença no Estado. A primeira ocorrência foi em Coxim, em agosto deste ano. O município já registrou três casos desde então.

Mato Grosso do Sul registrou aumento de casos de coqueluche em 2024, com dez casos confirmados até a semana 44, contra cinco em 2023. Campo Grande concentra a maioria dos casos (cinco), seguido de Coxim (três). Apesar do aumento, a mortalidade permanece em declínio, atribuído à alta cobertura vacinal (90,77% em 2024), embora ainda abaixo da meta de 95%. A doença, altamente contagiosa, afeta principalmente crianças menores de 15 meses, sendo a vacinação a melhor forma de prevenção, disponível gratuitamente pelo SUS.

Entretanto, Campo Grande acumula a maior quantidade dos casos, sendo cinco. Há ainda registros confirmados em Mundo Novo e Sidrolândia, com uma ocorrência em cada uma das cidades. “No município de Campo Grande houve 2 casos confirmados em 2020, nenhum caso confirmado de 2021 a 2023 e em 2024 foram 5 casos notificados até a semana 44', cita o documento.

O risco da doença é principalmente nas crianças com menos de 15 meses, quando é aplicada a segunda dose da vacina. Apesar do aumento de casos, a mortalidade causada pela doença e mantém em declínio, tendo ocorrido mortes somente entre 2013 e 2014. “Por ser uma doença imunoprevenível, o declínio de casos de óbitos pode estar relacionado à situação vacinal da população. A cobertura vacinal preconizada para a coqueluche é de 95%. No estado de Mato Grosso do Sul, em 2022 foi de 86% e em 2023 o estado alcançou a cobertura de 90,73%. Em 2024, o dado preliminar aponta uma cobertura de 90,77%'.

A coqueluche é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta as vias respiratórias, gerando crises de tosse seca e falta de ar. Conhecida popularmente como tosse comprida, é uma doença altamente transmissível, já que o infectado pode transmiti-la para outras pessoas através de gotículas da tosse, espirros e até mesmo ao falar.

Os sintomas são parecidos com os de um resfriado, com febre, tosse, coriza, dores no corpo e cansaço e iniciam em torno de 7 a 10 dias após a infecção, que geralmente evolui gradualmente para uma tosse seca seguida de tosse convulsa (o que dá o nome da patologia). As pessoas com coqueluche transmitem a doença até três semanas após o início da tosse e muitas crianças que contraem a infecção têm crises de tosse que duram de 4 a 8 semanas.

A coqueluche pode causar complicações graves, especialmente em bebês e crianças. As complicações incluem infecção de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsão, lesão cerebral e até morte.

Prevenção - A melhor forma de prevenir ainda é tomar a vacina. A vacina pentavalente está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) para crianças até 6 anos, 11 meses e 29 dias, mas o ideal é vacinar antes de completar um ano de idade. São 3 doses aplicadas, aos 2, 4 e 6 meses de idade.

É preciso ainda tomar duas doses de reforço da vacina DTP (tríplice bacteriana), uma aos 15 meses de idade e outra até os 4 anos. As grávidas também devem ser imunizadas com a DTPa até a semana 20 da gestação, em caso de esquecimento, a mãe deve tomar o imunizante logo após o nascimento do bebê.


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