Primeira arara-azul nascida após incêndios está pronta para bater as asas
“Ver uma arara azul é sempre sinônimo de alegria, mas essa tem um significado especial.” publicou instituto.
| CASSIA MODENA / CAMPO GRANDE NEWS
A vida insiste. Está pronto para bater as asas o primeiro filhote de arara-azul nascido após labaredas violentas consumirem ninhos de sua espécie no Pantanal de Mato Grosso do Sul.
O primeiro filhote de arara-azul, nascido após incêndios devastadores no Pantanal de Mato Grosso do Sul, representa um símbolo de esperança e resiliência. Apesar de uma perna quebrada, o filhote, que saiu do ovo em agosto, superou dificuldades e está pronto para voar, refletindo a força do bioma. O Instituto Arara Azul, responsável pela conservação da espécie ameaçada, está reconstruindo ninhos artificiais e fornecendo suplementação alimentar para os pássaros, enquanto a região se recupera dos danos causados pelos incêndios que destruíram grande parte da área.
'Ver uma arara azul é sempre sinônimo de alegria, mas essa tem um significado especial', diz publicação feita nesta véspera de Natal (24) na página do Instagram da sede do Instituto Arara Azul, um dos projetos de conservação sediados no Refúgio Caiman, que fica em Miranda.
A notícia é uma dose de esperança sobre o futuro do bioma. O filhote é sobrevivente dos incêndios que atingiram a propriedade em julho e agosto deste ano. O fogo varreu cerca de 80% da área particular e da reserva protegida, sem falar na quantidade incalculável de animais mortos e árvores que não estão mais em pé.
Ver uma perna quebrada preocupou a equipe quanto ao desenvolvimento do novo ser, mas isso também a arara venceu. 'Passados quatro meses, podemos comemorar: o filhote cresceu saudável, venceu uma perna quebrada e está pronto para voar. Um sobrevivente, que nos lembra a sempre impressionante força do Pantanal', finaliza o post.
Novos habitantes - O primeiro filhote pronto para voar e ganhar o céu pantaneiro saiu do ovo em agosto, em meio às cinzas.
A pousada fechou para turistas por dois meses após o ocorrido, mas já está reaberta com a proposta de turismo de regeneração.
Da parte do instituto, biólogos e outros profissionais se encarregam de reconstruir ninhos artificiais e cuidar dos futuros habitantes do Pantanal. O projeto Arara Azul confecciona casas de madeira e as monitora há aproximadamente 20 anos para evitar o desaparecimento da espécie ameaçada de extinção.
Por haver menos alimento disponível, está necessário suplementar as vitaminas que as aves precisam. Subir na escada, abrir o ninho e dar a 'comida' direto no bico de cada pequena ave.
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