Gestão Fiscal: Fátima do Sul é a pior cidade do MS, segundo Tesouro Nacional
Com nota C, essa prefeitura está negativada no Tesouro Nacional. Em 2023, a cidade gastou 85,90% a mais em relação ao que arrecadou, quase dobrando as despesas sobre as receitas.
| MS EM BRASíLIA
Ao tomarem posse em 1º de janeiro para o próximo mandato de quatro anos, 49 dos 79 prefeitos eleitos ou reeleitos em outubro deste ano terão boa surpresa: vão receber os municípios com as contas em dia.
Por outro lado, outros 30 futuros gestores vão amargar notícia ruim, uma vez que essas cidades registraram números negativos em 2023. De lá para cá, contudo, não é possível garantir de que elas tiveram resultado diferente. As avaliações sobre 2024 só começam a ser divulgadas no primeiro semestre de 2025.
Essas constatações estão em levantamento feito pelo MS em Brasília, com base em dados sobre a Capacidade de Pagamento (Capag), atualizados em outubro deste ano pelo Tesouro Nacional. Elas indicam que 62% das prefeituras no Estado vão começar 2025 com folga nas contas.
Entretanto, 38% delas vão precisar passar por ajustes fiscais, como redução de despesas e aumento da arrecadação. A capag avalia três indicadores: endividamento, poupança corrente e liquidez relativa. Os dados se referem a 2023 e podem ou não terem melhorado em 2024.
PIORES GESTÕES FISCAIS EM 2023 / PREFEITOS ELEITOS E REELEITOS EM 2024
Quanto menor o comprometimento da poupança corrente, melhor a situação fiscal do município.
Fátima do Sul aparece com a pior avaliação entre os 79 municípios. Com nota C, essa prefeitura está negativada no Tesouro Nacional. Em 2023, a cidade gastou 85,90% a mais em relação ao que arrecadou, quase dobrando as despesas sobre as receitas.
Das últimas quatro gestões em Fátima, três estiveram sob a administração de Ilda Machado.
Além de Fátima do Sul, estão atrás de Campo Grande outras três cidades: Anaurilândia, Aral Moreira e Selvíria, as quais comprometiam 98,85%, 97,73% e 97,31% das receitas em 2023.
O ranking traz também 11 municípios que não prestaram informações ou fizeram de maneira incompleta em 2023. Em razão disso, essas prefeituras não existem do ponto de vista fiscal perante o Tesouro Nacional, enquanto não regularizarem a situação.
Por outro lado 49 prefeitos eleitos ou reeleitos em outubro terão boa surpresa: vão receber os municípios com as contas em dia.
Melhores gestões
Das 49 prefeituras com a situação fiscal confortável, com notas A+, A e B, as mais bem-sucedidas em relação às últimas gestões são Iguatemi e São Gabriel do Oeste. Elas tiveram nota A+, o que significa que alcançaram notas A nos três indicadores e no ranking que mede a qualidade das informações encaminhadas ao órgão federal.
Apesar de o índice sobre a Capacidade de Pagamento (Capag) servir para avaliar se estado ou município tem condições de pedir empréstimo com aval da União, é considerado a mais valiosa análise sobre as contas nas três esferas de governo.
O Tesouro Nacional adota quatro notas para classificar a situação fiscal dos municípios brasileiros. Notas A, A+, B e B+ são considerados aptos a pedir empréstimo com aval da União, enquanto os que tiverem notas C e D estão impedidos de obter o mesmo benefício.
Dos três indicadores avaliados anualmente pelo Tesouro Nacional, a poupança corrente é o mais importante para medir a saúde fiscal e financeira de um município. É a diferença entre receitas e despesas. Por isso, o ente que comprometer acima de 95% das receitas com as despesas terá a situação reprovada.
Com base nesses critérios, Paraíso das Águas tem a terceira administração mais bem-sucedida, atrás de Iguatemi e São Gabriel do Oeste, as únicas duas cidades do Estado com nota A+. Sob Eduardo Riedel (PSDB), a gestão estadual também atingiu nota máxima, A+, em 2023, segundo o Tesouro
AS MELHORES GESTÕES FISCAIS EM 2023 / PREFEITOS ELEITOS E REELEITOS EM 2024
MUNICÍPIOS SEM NOTA EM 2023 / PREFEITOS ELEITOS E REELEITOS EM 2024
Curta a página RADAR DO MS e seja o primeiro a saber de todas as notícias do Mato Grosso do Sul.